segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Como me tornei educadora...

     
      Tento me lembrar quando foi que eu decidi que seria professora...
      Acho que não decidi. quando criança, eu queria ser médica pediatra... Sonhava em cuidar das crianças, consolar suas dores..Mas os anos foram passando e eu fui descobrindo que não daria certo pra mim... primeiro eu não tinha sangue frio suficiente pra ver uma criança sofrendo, nem pra conviver com dores reais, acidentes, doenças incuráveis e olhinhos amedrontados... alem disso, comecei a entender que eu fazia parte de um sistema, falho e desumano... Onde pessoas pobres não podem ser atendidas em clínicas particulares, mesmo que estejam morrendo, onde na saúde falta simplesmente tudo! Desisti.
      Aí por acaso, ou por obra do destino, quando eu tinha 17 anos, após fazer de informática, eu fui convidada pra estagiar como  monitora de informática...adorei a experiência... e me dei tão bem, que logo em seguida fui chamada pra dar aulas de informática educacional em uma escola. E foi assim, levando a crianças e adolescentes o conhecimento mágico da computação, que caí nessa profissão...  
      Me encontrei. Me profissionalizei e passe a exercer a função em tempo integral... 
      Hoje sou professora; de fato e de direito... por opção, por escolha... por amor!
      E nem posso dizer o quanto me sinto orgulhosa por isso.Tenho nas mãos uma arma poderosa e mesmo continuando refém do tal sistema; posso, me permito burlar, de certa maneira esse entrave... Me dou o direito de fazer a diferença... de ser diferente, de rever e reinventar a educação.
      E como me sinto feliz por ser eu professora... Realizada!
      Aprendi e aprendo a cada dia coisas novas... mudo de ideia... percebo que o impossível é possível... que fé e dedicação movem montanhas... Conheci crianças, jovens incríveis; inesquecíveis... histórias de lutas e sonhos... 
     E mesmo na luta por reconhecimento, minha recompensa é impagável e insubstituível... Olhinhos, infantís e mágicos... os jovens olhos sonhadores. ou mesmo os exauridos  dos anciãos... Ah, os olhos...! E Como brilham... e como sorriem e transbordam... espelhos das almas entusiasmadas pelo sabor de aprender...


     

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dor de amor


Dói... mas é dor de alegria.
Dor de sonho... fantasia...
De respeito e devoção
Aquece o corpo, mas abranda o coração.

Dói de um jeito exigente...
Destonado... entorpecente...
Dor de pele, poro e tato...
De ternura; de loucura e de razão.

Dor que atiça por doer...
Inesperada... até fugaz...
Dor que marca corpo e alma...
Debochada, no desejo se desfaz.

domingo, 6 de outubro de 2013

Teu olhar...


Fonte e águas cristalinas...
Que me deixa entorpecida...
Teu olhar me inebria...
Me sequestra da razão.