sábado, 26 de novembro de 2011

Viver!


Viver é mergulhar num infinito... ilusões!
É olhar a madrugada e esperar que venha o dia.
É ter nos olhos esperança...rompendo junto ao poente.


Viver é a aventura mais louca... tentações!
Sem certezas, sem constantes,
notas desconexas ... n’uma  linda sinfonia.

Viver é uma alegria, das grandes... extremada.
É tempestade, é calmaria.
É cavalgada em galope... desenfreada e sem guia

Viver é um alento... amor de entardecer
Como poderia ser, Se não houvesse a espera...
Maçante, delirante... nos fazendo enlouquecer?

Viver é a paixão mais empolgada... viver!
Borrada, rabiscada...Uma batalha travada...
Entre as diversas, universas dimensões.          

Sandra Cotting                                                                                                 

sábado, 19 de novembro de 2011

Nos teus braços...


Nos teus braços sou menina.
Em um corpo de mulher...
Bailo feito bailarina...
Sou a cria, a calmaria.

Nos teus braços, sou escrava.
Sem temores, sem pudores,
Sou apenas enxurrada...
Que se alegra com o sol.

Nos teus braços, sou eu mesma.
Lavo o rosto, tiro a roupa...
Me desvendo e me assumo...
Sou o brilhos das manhãs.

Nos teus braços, sou só tua.
Sou serpente, passarinho...
Tenho todos os sentidos...
Estou pronta pra voar.

Sandra Cotting

domingo, 13 de novembro de 2011

Fragmentos de mim...

               
      Me sinto tão só... É estranho. logo agora, que vc está aqui tão perto... sinto sua respiração... quase posso ouvir o pulsar do seu sangue vermelho e quente... batidas cadentes. Estou agora debruçada no seu peito... sentindo teu cheiro inebriante. Não há nada de mais... apenas teu corpo exalando seu perfume animal, que tanto amo.
       Nesses momentos, deveria ser mais fácil te amar... É tudo tão leve, tão natural...
      Eu assim, entregue totalmente a você.... Você com a ciência que não poderei fugir. Não tenho mesmo onde ir...Você é o meu porto... Por mais difícil que pareça, não me resta opção. Só poderia eu ser sua... Estar aqui ao seu dispor.
      Eu sou sua! Incondicional... E sinto-te tão meu quanto meus gritos exprimidos.
     Por que me sinto assim tão só, mesmo estando ao teu  lado, escutando sua voz... Se é aqui, no teu corpo, onde posso ser eu mesma... fazendo  tuas vontades... Deixando que a submissão invada minha alma...
     Não entendo o que acontece... é como se não fosse eu! De repente, eu viro espectadora da minha própria vida... Um lindo show acontece diante dos meus olhos... Reconheço-os, personagens da minha história.
     Começo a perceber... O vazio vem de mim. Sinto falta de mim mesma, ou do quê um dia fui... Ou quem sabe, pensei ser.
     Preciso mergulhar no infinito da minh’alma e descobrir onde eu estou... vou procurar... Minha essência... em algum lugar de mim, sei que vou encontrar... algo que me faça entender... ou sequer lembrar dos fragmentos  do meu verdadeiro eu.


         Sandra Cotting

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um pedacinho do meu livro...




Prólogo

Naquele momento eu não enxergava nada além das assustadoras lembranças.

Quando enfim meus olhos perceberam a magnífica paisagem a minha frente, entendi que aquela era minha recompensa. O mais lindo pôr do sol que eu já presenciara; estava ali, diante de mim.

Senti-me um tanto feliz por aquela ser a ultima imagem que eu veria; algo tão belo e puro; algo que jamais poderá ser roubado.

Como eu poderia imaginar que em meio à escuridão profunda da morte, eu encontraria meu verdadeiro refúgio.


Alessandra Cotting Baracho