segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Paixão
     
   É quando penso em você... Que me sinto no infinito...
  O Meu corpo quase treme... E até me falta o ar...
   Reação imediata... Ao lembrar do teu sabor...
  Sol... Chuva... Mel e hortelã...
  É tua simples lembrança... Quando chega de repente...
  Me invadindo pouco a pouco... Sem me pedir permissão...
  Que me faz sentir no céu... Que me deixa sem defesas...
  Me levando  ao paraíso...ou a outra dimensão...
  Se escuto a tua voz... Acabou-se meu sossego...
  Vem o gelo na barriga... Borboletas a voar...
 Me parece o som de sinos... Misturado ao som do mar...
 Se me tocas de levinho... Já me ponho eu, sonhar...
 Com teus beijos de mansinho... Tua boca a me     chamar...
 E se enfim me olhas fundo... Aí sim cabou-se o mundo...
 Sinto o corpo enfraquecer... Sinto o sangue congelar...
 Minha voz já não encontro... o coração se fez parar...
 Tenha calma corpo meu... Assim ele vai notar...
 Então respiro mais fundo... e reajo ao seu efeito...
 Não raciocino direito... Mas ordeno ao sentimento...
 Aprenda a se controlar...
 Mas depois tu vais embora... Sem a nada estranhar...
 Sinto as cores me voltando... Mas intrusas, de repente...
 Muitas lágrimas rolar...
 Porque deixei ir embora... O homem que vive agora...
 Em lugar da minha razão...
 Vou enxugar o meu rosto... Me conformar com o gosto...
De viver uma  paixão.

(Parte integrante do meu livro )

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ausência


               

Como posso respirar... Se você não está aqui?
Se teus lábios já não sinto envenenar...
E o som que inundava os meus dias, e
u deixei silenciar...
Impossível não chorar... Se a ausência do teu toque
Me puniu com a solidão...
E o sorriso radiante que me fez apaixonar...
Não está aqui presente me deixando a escuridão...
 Os segundo que me passam...
Vem você me recordar...
Corroendo... Esmagando... Lacerando sem cessar...
Destruindo a esperança...
 Me impedindo de lutar.
Como vou me  libertar...
Se ocupas todo espaço.... Se te alastras por
inteiro..
Sem me dar sequer direito... De tentar recomeçar...
Se a boca que amarga sua falta...
Te reclama a cada instante..
Te daria cada estrela ...
Que eu pudesse enfim contar...
Se os olhos que transborda a dor da alma....
Vem assim te confessar...
Que meus dias sem você...
É o céu sem o luar...
E a falta que me faz... Não me deixa   ponderar.
Só me resta a eternidade...
Muito tempo pra esperar...

( parte integrante do meu livro de poemas "Palavras soltas em pensamentos avulsos")









domingo, 16 de outubro de 2011

Somos seres indecisos...


   O domingo tá acabando e com ele a alienação típica do fim de semana...
   Eu estava na cama, pensando no quanto somos indecisos; todos nós, da raça humana.
Nunca estamos satisfeitos com o que somos e temos... sempre queremos algo além do que podemos ter.
Eu por exemplo,  tenho um marido amoroso e caseiro... mas vivo reclamando que ele não gosta de sair. Com certeza se ele vivesse na rua, eu não iria suportar! Vai entender...
Enfim, nunca vamos estar 100% feliz! Sempre vai haver algo pra perseguir... E se  não fosse? Que graça teria?
É bom ter algo pra esperar... Um objetivo a cumprir... Um sonho a realizar!
É o combustível da vida!

Beijokas adocicadas!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Uma alma em fuga

De repente, tudo se transforma e fica claro feito o dia; eu estou despedaçando. Até penso em resistir, mas prefiro me prostrar e continuo a me entregar, a me deixar acreditar que não há mais jeito algum; que devo apenas desistir. Sei o que sou; sei que sou capaz de coisas grandes, mas estou tão fraca nessa hora. Uma luz quase se apagando me guia ao fim. Me ajude! Alguém? Preciso de ajuda! Uma alma está alí, acidentada; lgo me diz que é de alguém que amo muito, ou que deveria amar, amo menos. Estranho, eu não a reconheço, apenas sei que se não agir agora, se não unir a tênue força, ela irá subitamente se perder como as ondas que quebram na praia; fragmentos de areia se misturando e nunca mais voltarão a se encontrar.

domingo, 9 de outubro de 2011

Quem me dera...

Quem me dera...


Quem me dera ser eu, tua...
No teu corpo me esbaldar...
Te fazer caça, eu caçador...
Quando meu corpo chamar.
Não me fazer de rogada...
Fingir-me embriagada...
Em você me saciar...
Ignorar os pudores...
Deixar fluir os amores...
Nos teus olhos mergulhar..
Quem me dera ser teu rei...
A entrega te ordenar...
Te fazer de meu escravo...
Não te dar qualquer direito...
Pra de mim se separar...
Ser de você o descanso...
E te exaurir toda força...
Contrariar a certeza...
Render-me sem sutileza...
Quanto teu corpo chegar...
Quem me dera, eu escrava...
Amante... Amiga... Ou mucama...
Como quiseres chamar...
Deixar que venha o castigo...
Render-me ao inimigo...
Ao teu corpo me entregar.

(Parte integrante do meu livro “Palavras Soltas”)